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A cor verde, além de ser uma cor dentre as várias que existem, é também bastante característica da natureza, juntamente com o marrom, o azul, o branco – e talvez o amarelo, o vermelho, o preto, e tudo mais, não?
Digamos então que haja uma pessoa que se incomoda profundamente com essa cor, verde, ao ponto de não utilizá-la sabe-se lá desde quando, de não se aproximar de alguém que a utilize, de não ir a nenhum local em que haja a mínima chance de entrar em contato com o verde. Com o tempo ela vai passando por experiências, se questionando, vendo que a cor é interessante também, se analisando para pensar no que a cor verde a lembra… ok.

Tome o exemplo da cor verde pensando que ela é algo supostamente neutro, pois é apenas uma cor. Agora pegue outro exemplo, de comida, bebida, vestimenta, artista, características pessoais etc e vá percorrendo esse quadro lembrando – a partir de sua perspectiva: Aquela banda que eu não gosto e sempre me pergunto o porquê, aquele cheiro que me agrada profundamente e eu não faço ideia, o jeito de agir que é meu e eu sei que também é da pessoa que eu menos gosto na família… e assim por diante.
Nós passamos por experiências e temos impressões/marcações das quais não temos noção. Vamos acrescentar questões – também utilizando seu ponto de vista: Meu pai, minha mãe, que sentimento eu nutro por essas pessoas? Ser pai, ser filho, ser esposa, ser irmã, que impressões tenho dessas ideias? Isso não é de hoje. Quem sou eu? O que quero na vida, da vida? Qual o maior incômodo e agrado que tenho comigo?

Pois bem, por onde estamos navegando? Se para uma simples cor verde podemos achar um caminho tão grande em nossas vivências, imagine o percurso que fizemos para construir aquilo que somos ou que queremos. Não precisa imaginar, você já fez e faz.
Te assusta?
Agora, já parou para pensar que para algumas perguntas é sempre mais tentador invocar somente uma possibilidade como resposta, mesmo não tendo ciência exata da quantidade de elementos que interagem e de como interagem?
Existem alguns aspectos de nossa vida que, já de largada, dizemos serem imutáveis e intocáveis, mantendo ideias fechadas, muitas vezes sem nunca nos termos dado a chance de perguntar realmente como ocorreram. Quando você se pergunta sobre como algo se construiu, você tem a possibilidade de reconstruir, à sua maneira, ao menos a história que é sua e não de uma parte de seu corpo, ou de outra pessoa, o que já te coloca mais implicada/o com sua vida.
Ah não, você prefere utilizar um determinado método de avaliação como seu guia! Já percebeu que basta mudar o método para alguns resultados também mudarem? Sendo assim, você procura a verdade de acordo com um método e depois procura um método que avalia a verdade do método que você utilizou antes para procurar a verdade.
Ah, se for assim, faça o seu método, oras!
(… ou a sua verdade?).
(seria esse um comentário de descrédito ao método ou de relativização da idealização dos métodos?)
Mesmo que alguma característica própria exista em função da ação de um, e somente um, aspecto constituinte (químico, físico, genético, orgânico, psicológico, social, espiritual etc), ainda assim é possível falar e lidar com isso de maneiras completamente diferentes daquelas que você fazia antes, ou mesmo imaginava. Isso não é um poder que a fala tem (não é uma mística da palavra), isso é a implicação com a palavra e com sua história de vida.
É da nossa história que falamos quando falamos de nós mesmos… mas nem sempre tomamos posse de nossa história como sendo nossa, e muitas vezes, realmente, as interações que temos na vida não nos dão essa possibilidade. De qualquer maneira, não é a vida que nos possibilita assumir as coisas, pois a vida não tem exatamente uma função, a não ser viver, se é que isso pode ser chamado de função vital…
Agora, dê uma olhada para tudo isso que você vive e pense:

Para você,
qual a função da sua vida? e qual o sentido dela?
dando um passo depois dessas perguntas,
o que você faz com isso?
Algo a dizer? Diga!
Se quiser, comece falando do verde…
… mas, e se Verde, na sua Vida, não for só a cor?

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