Infográfico - Henrique Carvalho -
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- “Como fazer”: Pulseira de elástico, tapioca, molho branco, um currículo, arroz.
- “Dicas”: para emagrecer, de maquiagem, de beleza, de fotografia, cartola.
- “O que você tem que saber”: antes de morrer, sobre procurar, o mínimo que você tem que saber, músicas que você tem que saber tocar no violão, leis que você tem que saber antes de morrer.
- “7 dicas para”: o cabelo crescer mais rápido, para enlouquecer os homens, para conquistar um homem, de fotografia, para abrir uma empresa com pouco dinheiro.
- “Qual profissão”: escolher, ganha mais, dá mais dinheiro, combina com meu signo, combina com cada signo.
- “O que fazer”: em Vitória, na ceia de Natal, em Guarapari, em Porto Seguro, em Gramado.
- “O que dizer”: no amigo secreto, trazendo a arca, em uma entrevista, em uma entrevista de emprego, para alguém especial.
- “Como ser feliz”: sozinha, no casamento, na vida, de verdade, no trabalho.
- “Como ser triste”: como deixar de ser triste, como parar de ser triste, como ser uma pessoa triste, como dejar de ser triste.
- “O sentido da vida é”: ser feliz, estar vivo, que ela termina, assistir séries, pra frente.
Há um ditado popular que diz:
“Soldado mandado não tem crime”
Na prática psicanalítica, é a partir disso que se entende, por exemplo, o silêncio do psicanalista, que não é um mutismo, mas não deixa de apagar a vivência do psicanalista para que ele não passe por cima da vivência do paciente em análise. Quem busca ajuda em uma psicanálise ou psicoterapia, o faz tentando encontrar uma forma de lidar com os seus problemas, muitas vezes querendo algo já pronto, que possa pegar e realizar. Busca igualdades, padrões, tal como faz em outras interações. No entanto, no tratamento passa a se situar em uma interação que aponta para a sua diferença na relação com o outro, exigindo um caminho original a ser construído. Isso coloca uma folga interessante, porque a pessoa passa a se comparar menos com os outros, passa a seguir menos o que dizem, e começa a escolher um caminho mais singular que dificilmente conseguirá ser seguido pelos outros – que continuam seguindo caminhos já traçados. Aquela ideia do “Soldado mandado não tem crime” serve para tirar sua responsabilidade pelas coisas que você faz, pois a responsabilidade passa a ser de quem mandou fazer. Por outro lado, você pode se tornar responsável pelas coisas que faz, construindo novos caminhos, ou caminhos novos – melhor, não? Antes você era obediente, agora você é implicado. É algo para se pensar. Quando estamos implicados com nossas coisas, nos envergonhamos menos delas, lidamos melhor com a vergonha, ficando livres em nossa ação. É assumir a responsabilidade de que não há modelo algum de casamento, família, sociedade, sexualidade que dê conta da vida de alguém e que a vida pode ser mais interessante assim.
São decisões, contudo.
“Marcha soldado, cabeça de papel.
Quem não marchar direito…”
Até a próxima. Abraço!