Você procura ajuda sem saber muito bem o que fazer. Chega ao consultório e começa falando de si e das coisas, como se a vida acontecesse e você estivesse no meio desses eventos sem entender qual o seu lugar na narrativa dos fatos. É a história da sua vida, ou da vida como você se lembra. Ali se constrói um espaço de interação para que você sinta segurança em falar de si e comece a se escutar de um jeito diferente.
Fala isso, fala aquilo, fala seguindo, escuta talvez um sussurro, um apontamento sobre determinada palavra, um sorriso, um pedido de que continue falando, quem sabe. Acha estranho não receber reprimenda, não haver irritação quanto ao que você diz, continua falando. Você tem a liberdade para falar aquilo que passa em sua cabeça, sem se preocupar é certo ou errado.
Então de repente é endereçado a você um comentário falando que essa palavra que você disse se repete, é retomada em sua fala, aparece aqui e acolá, se coloca continuamente nas suas frases marcando algo importante. Essa palavra fica voltando, revoltando, incomodando, martelando o martelão.
Muito bom o texto!
Muito obrigado Tatiane! Continue conosco!
Abraço!