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University of Art and Design –
Litography Class

Está aí uma pergunta que eu me coloco para marcar um percurso próprio e, ao mesmo tempo, para que você tenha uma noção básica do que estou fazendo aqui. Afinal, não vou te deixar a ver navios… embora você possa ver caso queira. Mas para que um site e uma página profissional?

Algo a meu respeito está escrito na sessão certa no site, para contextualizar melhor. Minha pretensão é marcar uma sequência de percurso que talvez possa interessar a você, tanto quanto a mim.
Todo trabalho e reflexão sobre uma vivência geram implicações, e a ideia de construir um espaço para registrar essas implicações está colocada aqui. É prestar atenção nas impressões daquilo que você faz e pensar a respeito, colocando questões para seguir adiante.
A proposta do site e da página é uma implicação de trabalho e de produção e de apresentação de materiais, então serve para mim que produzo e para pessoas como você que buscaram e não encontraram algo legal, encontraram coisas muito misturadas e confusas ou, ainda, encontraram mas querem ver de forma diferente.
É a apresentação que, por não ter encontrado uma como eu queria, resolvi fazer e colocar à disposição. É difícil achar o que queremos, menos pelas opções e mais pela sofisticação de nossa vontade, pelo refinamento de nosso desejo, pela sutileza dos detalhes que procuramos naquilo que procuramos. Isso não impede exatamente de viver ou fazer as coisas, mas nos coloca na obrigação de, se não encontrarmos em lugar algum, se não nos interessarmos pelo que estamos vendo, se procurarmos e estivermos para desistir, que inventemos, e sigamos em frente.

Sonja Langford

Existe uma estória de um homem que sabia que em determinado momento uma situação específica aconteceria. Ele estava ciente disso e sabia exatamente como seria. Sua função era a de identificar quem perpetraria a situação. Ele chegou ao local onde tudo aconteceria, encontrou um esconderijo e aguardou por tempo considerável. Nada acontecia, tudo estava do mesmo jeito. Algum tempo depois, contudo, ele ouviu um estrondo e ficou em alerta. Acreditou que aquilo fosse o começo da situação e logo o tal suspeito apareceria, mas ninguém apareceu. Assim ele ouviu outro estrondo, e outro, e mais um, e notou que, apesar do barulho, tudo continuava igual. Decidiu investigar cautelosamente, sem deixar marcas e margens para ser identificado.

Andou na direção dos estrondos. Seguiu lentamente, furtivo, e entrou no espaço, e ali presenciou algo inusitado, que envolvia muitas questões, e nesse momento alguém notou sua presença e ele fugiu. Correu na direção de onde estivera e realizou um conjunto de atos para escapar, os quais, sem entender, ele sabia exatamente como deveriam ser feitos. Foi naquele momento em que realizava em ato aquelas ações que ele se deu conta de que no passado em que chegara para investigar certo suspeito que realizaria determinada situação, quem viria a realizá-la seria ele próprio, sem que ninguém, nem ele mesmo, soubesse de antemão. Havia ali uma predeterminação, ao menos de cena. O futuro do presente já estava de, alguma maneira, registrado no passado.
Já era hora de construir um site e uma página profissional e com eles tenho alguns objetivos, claro(s):

1) Apresentar materiais de Psicanálise, de Psicologia e de Saúde por meio de materiais textuais e visuais, reflexivos, cômicos, críticos etc;

2) Divulgar um trabalho e a elaboração da vivência implicada nesse trabalho;

3) Acolher quem busca um ponto de suporte e pôr caminhos a quem está aí cheia/o de questões, ou vazia/o também.

A proposta que me coloquei é a de um ano envolvido com essa ação. Serão trezentos e sessenta e cinco dias de trabalho diário na página e quinzenal no site.
Se você tiver interesse em acompanhar, curta a página, deixe o e-mail no site, e assim receberá suas atualizações.
Mas, mais que isso…
Se você realmente tiver interesse em acompanhar, além de curtir, comente, deixe algum recado, coloque questões, dúvidas etc. O trabalho aqui é uma construção, e isso já está implicado na própria construção do que está sendo feito, pelo fato de supor a sua presença enquanto leitor/a desse material.

E assim começa uma jornada!
Abraço!

“Pinto um barco a vela branco navegando É tanto céu e mar num beijo azul” Toquinho

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comentários

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  • KATIA BENICE disse:

    Feliz em participar dessa construção, sei que vou aprender muito, assim como no dia a dia trabalhando ao seu lado. Sucesso!

  • Flavio disse:

    Katia, obrigado pelo comentário! Fico muito feliz por saber que muitas vezes o que fazemos extrapola nossa vontade e toca na do outro sem a gente imaginar onde, quando ou como.
    Nessa terça e quarta publicarei duas novas postagens para dar a possibilidade das pessoas se ambientarem ao formato de escrita, ao tipo de temática. Depois disso, manterei as publicações quinzenalmente, até porque, você sabe, é muito trabalho, não é?
    Um abraço e até!

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